26 de junho de 2013

BRASIL 2 X 1 URUGUAI: FESTA DE MINAS VIRADA À PAULISTA

Amigos, desculpem a falta de atualizações nos últimos dias. Tive que resolver alguns problemas, mas felizmente está tudo bem. Voltamos então com a cobertura da Copa das Confederações. E com muitos motivos para celebrar!

2X1


JOGO #13: J. CÉSAR PEGA PÊNALTI, RAÇA DE PAULINHO É DECISIVA E BRASIL CARIMBA VAGA NA FINAL

Chegou lá!

Com direito a "beijo e tchau" de Neymar, e muitas outras encenações marcantes, o Brasil venceu o Uruguai em jogo cercado de fortes emoções, digno de um clássico sul-americano. No suor e na raça, a vitória de 2 a 1 classificou os canarinhos à terceira final consecutiva da Copa das Confederações. Em casa, do lado da torcida que canta e vibra a cada Hino Nacional, em meio a uma vasta onda de protestos que vem resolvendo muitos "detalhes" na política. Hoje o show foi dos mais de 60 mil presentes no Mineirão, em Belo Horizonte.

Foi um show à parte da seleção em si. E palmas também para os uruguaios, que jogaram sua melhor partida na competição, até mesmo melhor que a última, quando fizeram 8 a 0 no Taiti. O Brasil não lembrou aquele que fez 4 a 2 na Itália, no último sábado. Mas jogou o que sempre soube jogar. Básico e objetivo. Assim chegou lá, com um gol de Fred no final do primeiro tempo, e Paulinho decidindo no final do segundo. Cavani fez para a Celeste. Mas esses gols, por obséquio do destino, podem não terem sido "nada" se comparado ao pênalti defendido por Júlio César.

O JOGO

Os 15 primeiros minutos de jogo foram todinhos do Uruguai. Pressão e marcação eficiente que dificultou as jogadas brasileiras. Godín e o capitão Lugano tiravam todas as bolas, e o trio de ataque superpoderoso formado por Luís Suárez, Cavani e Forlán chegavam com perigo. E numa cobrança de escanteio, David Luiz fez falta boba em cima de Lugano. Pênalti assinalado pelo chileno Enrique Osses. Silêncio no Mineirão. Forlán, melhor jogador da Copa 2010, na marca do cal, contra Júlio César, que saiu por baixo daquela mesma Copa, mas estava por cima na atual seleção brasileira.

E que agora em diante está mais por cima ainda. Firme, defendeu o pênalti cobrado pelo jogador do Internacional, que não reagiu. Festa amarela em todos os cantos.

Depois do lance de tensão, o Brasil acordou (como os manifestantes) e passou a atacar mais. Hulk, Oscar e Neymar eram os que mais chutavam. A Joia chamava as jogadas e partia para cima dos uruguaios. E foi recompensado aos 40 minutos. Em parte. Lançamento perfeito de Paulinho. Neymar bateu e Muslera defendeu. Na sobra, o "mineirinho" Fred fez sua lição de casa (de casa mesmo) e, mesmo desajeitado, colocou a bola no fundo da rede. 1 a 0 Brasil.

No início do segundo tempo, contudo, foi o Uruguai que voltou a ditar o ritmo da partida. Tão logo, aos 3 minutos, chegou ao empate. Em trapalhada da defesa canarinho, que perdeu a bola por três vezes, Edinson Cavani dominou passe errado de Thiago Silva e bateu cruzado, sem chance para Júlio César. A partir daí, a partida ficou cercada de tensão. Dentro e fora do gramado, de uma certa forma.

Levantamentos uruguaios que arrancaram perigos de virada contra o Brasil. Thiago quase fez gol contra. Suárez e Forlán também arriscavam. Mas Luiz Felipe Scolari colocou um pupilo que fez a torcida mineira entrar em delírio. A atleticana, claro. Bernard entrou no lugar de Hulk e aumentou muito o ritmo brasileiro, fazendo com que Neymar e Fred atacassem mais. Mas o gol não saia.

Nos minutos finais, duas cruciais cobranças de escanteio de Neymar. Na primeira, pura cena. Álvaro González provocou o craque, que respondeu com "beijinhos". Sabe-se lá o que discutiram. Só sabemos que ele bateu um ótimo escanteio, que a defesa uruguaia, logo em seguida, cedeu outro.

No segundo, Neymar, enfim, pôde retribuir Paulinho com aquela jogada do primeiro gol. Ele cobrou, e o camisa 18 testou firme, livre, voando, sem chance para Muslera. Era um decisivo gol da vitória. Paulinho era de novo o herói de uma massa nacional, como fizera com o seu agora ex-time, Corinthians (foi negociado ao Tottenham da Inglaterra), na vitória contra o Vasco pela Libertadores de 2012. Um símbolo de raça e de amor à camisa, capaz de dar até o sangue pelo time que defende. Seja o Corinthians, seja o Brasil.

Sorte do Brasil em ter um jogador como esse. E outros craques decisivos, como Neymar, Fred, o talismã Bernard, e tudo mais. Que fez o Uruguai tremer na hora decisiva. Mesmo atacando mais um pouco no final, com o goleiro indo à área, não adiantou. Perderam, mas em pé, sabendo que fizeram um grande jogaço.

E viva! Viva o Brasil em mais uma importante final. Agora em casa.
Estamos no aguardo de Espanha e Itália. A Fúria é a favorita para chegar à decisão de domingo, que vai encher o Maracanã.

FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 1 URUGUAI
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 26 de junho de 2013, quarta-feira
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Carlos Atroza e Sergio Román (ambos do Chile)
Público: 57.483 expectadores
Cartões amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo e Marcelo (Brasil); Cavani e González (Uruguai)
Gols:
BRASIL: Fred, aos 40 minutos do primeiro tempo e Paulinho, aos 41 minutos do segundo tempo
URUGUAI: Cavani, aos dois minutos do segundo tempo
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Hulk (Bernard), Fred e Neymar (Dante)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
URUGUAI: Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Diego Godín e Martín Cáceres; Arévalo Ríos, González (Walter Gargano) e Cristian Rodríguez; Diego Forlán, Luis Suárez e Cavani
Técnico: Óscar Tabárez

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