12 de junho de 2013

Especial Copa das Confederações (edições anteriores)


Dando prosseguimento ao especial da Copa das Confederações, vamos recordar as oito edições anteriores da competição, que antes tinha outra denominação. Saiba quem foram os campeões, e até das participações das mais diferentes seleções possíveis.

1992


Em 1992 (único ano par) e 1995, o torneio era chamado de Copa Rei Fahd, e foi realizado na Arábia Saudita, permanecendo no país em 1997, já como Copa das Confederações.

A primeiríssima edição ocorreu entre os dias 15 e 20 de outubro (este blogueiro nasceu no dia 28). O país-sede competiu junto com Argentina, Estados Unidos e Costa do Marfim. A Europa e a Oceania viriam a participar na edição seguinte.

E na primeira das edições, deu Argentina, ao vencer os sauditas na final por 3 a 1. Antes, goleou a Costa do Marfim por 4 a 0, com dois gols do camisa 9 Gabriel Batistuta, o maior artilheiro dos hermanos.

Mas o jogo mais histórico foi o inaugural, entre Arábia Saudita e Estados Unidos, que levou 80 mil pessoas ao estádio King Fahd II, em Riad, onde foram realizados todos os quatro jogos. Os sauditas meteram 3 a 0 nos norte-americanos, que viriam a golear os marfinenses por 5 a 2, pela disputa do terceiro lugar. A partida de abertura, inclusive, foi arbitrada por um brasileiro, Ulisses Tavares da Silva.

1995


A primeira edição a contar com todos os campeões continentais voltou a contar com a fanática torcida saudita, além da ainda mais temível Argentina, que defenderia o título pelo fato de conquistar a Copa América de 1993 (o último título de renome do país no futebol).

As seis seleções foram divididas em dois grupos de três. No Grupo A, tinha Arábia Saudita, México e Dinamarca. No B, Argentina, Japão e Nigéria.

O erro da organização foi marcar o torneio no início daquele ano, entre 6 e 13 de janeiro. Com isso, o público foi bem menor do que se esperava, e fez surtir efeito para as duas derrotas árabes na competição. Na final do primeiro grupo, houve penalidades máximas após empate de 1 a 1. Por 4 a 2, a Dinamarca despachou o México e chegou a final, surpreendendo da mesma forma e requinte da que ganhou a Eurocopa de 1992, com os irmãos Laudrup.

Na outra chave, os japoneses levaram duas goleadas (3 a 0 pela Nigéria e 5 a 1 pela Argentina). Os argentinos seguraram um 0 a 0 com os nigerianos e avançaram pelo saldo de gols. Na disputa pelo terceiro lugar, o México ganhou nos pênaltis por 5 a 4.

E a favorita Argentina sucumbiu diante do talento dos dinamarqueses, que fizeram 2 a 0 com Michael Laudrup e Paul Rasmussen, garantindo um histórico título internacional para os escandinavos.

1997

O Brasil entrava pela primeira vez na disputa da Copa das Confederações, por ter vencido a Copa de 1994. Venceu, e não parou mais de disputar. Na edição que aconteceu em dezembro daquele ano, após o sorteio dos grupos para a Copa da França de 1998, o Brasil encarou a competição como um teste para cardíaco. Tanto que polemizou ao mandar todos os jogadores de cabelos raspados para disputar o campeonato. Parece que deu sorte....

Na primeira edição com o atual formato (dois grupos de quarto), o Brasil esteve no Grupo A, abrindo a competição com uma bela vitória sobre a Arábia Saudita por 3 a 0, diante de 80 mil pessoas. Depois, empatou sem gols com a Austrália e fez 3 a 2 no México.

No Grupo B, o Uruguai (campeão sul-americano) sobrou, fazendo 100% de aproveitamento, pretendendo fazer uma nova final internacional com os brasileiros. Para isso, passaram por Emirados Árabes Unidos (vice asiático), República Tcheca (vice europeu, já que a Alemanha desistiu) e África do Sul (campeã africana). Mas o jogo de mais destaque da chave foi a vitória dos tchecos sobre os Emirados por 6 a 1, na maior goleada da competição até agora (tirando os 8 a 2 do Brasil sobre a Arábia em 1999... e a final que viria dias depois).

Nas semifinais, Romário e Ronaldo mostravam de vez que era uma dupla de ataque afinadíssima, marcando um gol cada na vitória de 2 a 0 sobre os tchecos. Mas na final, teria a Austrália no caminho, já que os "cangurus" surpreenderam o Uruguai, fazendo 1 a 0 com gol de ouro de Harry Kewell.

Na grande final, a superioridade canarinho foi evidente. Goleada impressionante de 6 a 0. Três gols de Romário, três de Ronaldo. Campeão com sobras.

Pena que Romário se machucaria as vésperas do Mundial da França, e o time de Zagallo iria perder a final para os anfitriões daquele jeito....

1999



Pela primeira vez fora da Arábia Saudita, a Copa das Confederações embarcou para o México, e teve a desistência da campeã mundial França abrindo uma vaga para o Brasil. Mas o show seria dos mexicanos. A competição aconteceu entre julho e agosto daquele ano, nos estádios Azteca e Jalisco.

O México liderou o Grupo A, com a Arábia se classificando junto. Bolívia e Egito completavam a chave.

Já o Brasil.... bem, fez uma primeira fase sensacional como sempre, a começar pela goleada de 4 a 0 sobre a Alemanha. Depois, 1 a 0 chorado nos Estados Unidos e 2 a 0 ainda mais chorado contra a Nova Zelândia. Todos os jogos com gol da então revelação mundial, Ronaldinho Gaúcho, que entrou na seleção comandada por Vanderlei Luxemburgo por conta de indisciplina de Edílson.

Nas semifinais, o México passou pelo rival norte-americano com gol de ouro de Blanco. E o Brasil daria um show sacudido daqueles, metendo 8 a 2 na Arábia Saudita, naquele que foi o último jogo dos machucados árabes. Três gols de Ronaldinho na conta....

Na grande final, o Brasil prometia acabar com a festa dos anfitriões. Mas pelo segundo ano seguido, fracassou nesse requinte de competição internacional. Mesmo jogando muito, foi superado por 4 a 3, em grande dia de Hernandez, Blanco e Zepeda, esse último, autor de dois gols. 110 mil pessoas viram o México ganhar esse grande título, em sua casa, no maior público da história do campeonato.

2001



A primeira Copa das Confederações que serviu de teste para a Copa do Mundo que estava por vir em 2002 aconteceu em dois países. Coreia do Sul e Japão. E o Brasil levou uma seleção para lá de contestada, com nomes como Leomar, Irênio e Carlos Miguel, sob comando de Émerson Leão. O resultado? Um fracasso.

Na abertura da competição, porém, foi a França que deu show, enfiando 5 a 0 nos sul-coreanos. Depois, o susto da derrota de 1 a 0 para a Austrália, "consertado" após outra goleada, por 4 a 0 sobre o então campeão México, que saiu da competição sem pontuar.

Cabeça-de-chave do Grupo B, o Brasil estreou com vitória sobre Camarões por 2 a 0, com gols de Washington (da Ponte Preta) e Carlos Miguel (que jogava no Grêmio). Depois, dois empates sem gols contra Canadá e Japão, que conseguiu a liderança da chave.

E nas semifinais, mais um fracasso brasileiro diante dos franceses, o que não conseguiu espantar em nada o trauma de 1998. A França impôs seu ritmo e fez 2 a 1 num Brasil bem fraquejado. Que viria até a perder o terceiro lugar para a Austrália por 1 a 0. Leão seria demitido no voo de volta para casa, tendo a CBF decidido por Luiz Felipe Scolari (que estava no Cruzeiro) para assumir o cargo. No ano seguinte, veio o pentacampeonato mundial e um incrível fracasso francês para compensar a fraca campanha de 2001.

Na final daquele ano, os franceses calaram a esperançosa torcida japonesa, vencendo por 1 a 0, com gol de Patrick Vieira. E em 2003 receberia sua própria Copa das Confederações.

2003



A mais trágica Copa das Confederações para o Brasil. E também para o mundo que assistiu, chocado, a morte de um jogador, cujo coração parou de bater em pleno campo de futebol.

O camaronês Marc Vivien Foe sofreu um ataque cardíaco no segundo tempo da semifinal entre Camarões e Colômbia, vindo a falecer no hospital. A sua morte gerou grande comoção esportiva, e o torneio quase foi cancelado.

Voltando para a primeira fase, Camarões esteve no grupo do Brasil, que fez um papelão e tanto, ao perder para os Leões Indomáveis por 1 a 0 em sua estreia, com golaço de Eto´o, em Saint-Denis (palco da final de 98). Depois, uma vitória medíocre de 1 a 0 sobre os Estados Unidos. Por fim, um inaceitável empate de 2 a 2 com a Turquia (que entrou na competição após outra desistência da Alemanha, sede de 2005), e eliminação precoce na primeira fase.
Na outra chave, os franceses fizeram 100% de aproveitamento num grupo fácil, que ainda tinha Colômbia, Nova Zelândia e Japão.


Na semifinal em que Foe morreu, Camarões acabou vencendo os colombianos por 1 a 0. Depois, França fez 3 a 2 na Turquia.
Na decisão do terceiro lugar, os turcos fizeram 2 a 1, com direito a gol aos 54 segundos.

E na grande final, um ato de histórico espírito esportivo marcou o ponto final do torneio. A França venceu Camarões por 1 a 0 com gol de ouro de Thierry Henry. Em suma, o capitão Patrick Vieira, junto com o camaronês Rigobert Song, ergueram juntas a taça da competição, em forma de homenagem ao falecido jogador. Antes da final, um pôster com Foe foi erguido, emocionando as mais de 50 mil pessoas que acompanharam a final.

Nesta quinta, as duas últimas edições, de 2005 e 2009, em que o Brasil apagou os vexames descritos e se sagrou campeão.

2 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Os dias dos jogos da seleção bem que poderiam virar feriado né não? Rs.. Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net

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    1. Em Fortaleza será decretado feriado no dia 19, quando terá Brasil x México, enquanto que o Rio de Janeiro fará a mesma coisa no dia seguinte, por Espanha x Taiti. Para você ver, mesmo não sendo a seleção brasileira, o governo vai e mete feriado! rsrsrsrs... abraços o/

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