13 de junho de 2013

Especial Copa das Confederações (2005 e 2009)


E continuamos as recordações das Copas das Confederações anteriores. Hoje, relembraremos as duas últimas edições, de 2005 e 2009. Ambas vencidas, de forma espetacular, pelo Brasil.



2005

A Copa das Confederações da Alemanha tinha um sabor especial de um grande campeonato. Reuniu, além do país-sede, os rivais Brasil e Argentina. E um recalque de outras boas seleções, acabando com que 7 dos 8 participantes qualificaram-se para o Mundial de 2006.

Antes da competição começar, o Brasil sofreu com a baixa de Ronaldo, que pediu para Carlos Alberto Parreira que o desconvocasse.
Mas não fez falta. O time tinha um quarteto ofensivo impecável, com Ronaldinho, Kaká, Robinho, e o matador Adriano, que foi decisivo na final da Copa América de 2004 contra os argentinos. E seria decisivo de novo contra nossos rivais, na finalíssima de 2005.

Antes, contudo, o Brasil sofreu na primeira fase. Cabeça do Grupo B, estreou muito bem, fazendo 3 a 0 na Grécia, que surpreendera ao ser campeã europeia em cima de Portugal, anfitriã da Eurocopa 2004 e treinada por Luiz Felipe Scolari. Mas depois veio a derrota de 1 a 0 para o México. No jogo derradeiro, um sofrido empate de 2 a 2 com o Japão, que chiou com a arbitragem ao ter um gol injustamente anulado. Assim, o Brasil classificou-se em segundo lugar na chave, com quatro pontos contra sete dos mexicanos.

No Grupo A, muita expectativa para o duelo entre alemães e argentinos. Deu empate de 2 a 2. E ambos os times chegaram a 7 pontos, despachando Tunísia e Austrália da chave. Os alemães ficaram em primeiro, graças ao saldo de gols. Lembrando que na abertura do campeonato, eles venceram a Austrália em um 4 a 3 que ninguém esquece. Teriam o Brasil pela frente.

A imprensa local apontava a Alemanha como favorita para ir a final, aguardando por outro grande duelo entre México e Argentina.

Mas a nação brasileira passou radiante a manhã de sábado torcendo pela seleção, fazendo valer a pena por aquilo. Uma magistral vitória de 3 a 2, com dois gols de Adriano, garantiu o time na final. A Argentina despachou o México nos pênaltis. E estava feita a final sul-americana. Histórica. Enquanto que a Alemanha se contentava com um terceiro lugar, após 4 a 3 contra o México.

Tão histórica que, realizada em 29 de junho, em Frankfurt, terminou em goleada. A favor do Brasil, claro. Com um futebol bonito e alegre, fez a Argentina ficar "perdidinha" em campo. Adriano novamente desequilibrou e fez 2 gols. Ronaldinho e Kaká completaram. 4 a 0? Não, o Brasil se deu ao luxo de deixar Pablo Aimar fazer o gol de honra dos hermanos. 4 a 1 no final das contas, e um título inconteste dos canarinhos.

Na comemoração, quebras de protocolo. Todos os 23 jogadores comemoraram em campo carregando pandeiros e batuques, tocando um baita samba, enlouquecendo os alemães que presenciaram tal evento. Foi impressionante...



2009

A última Copa das Confederações, na África do Sul, trouxe o Brasil como favorito ao título, mas tendo dessa vez a Espanha como grande rival. E muito-se esperava da Fúria, que já destoava bom futebol, na época em que o Barcelona ganhava tudo que disputava.

E os espanhois detonaram na primeira fase. Claramente, num Grupo A fácil demais, que tinha, além das anfitriãs, o inexpressivo Iraque e a Nova Zelândia. Os espanhois fizeram 9 pontos, 8 gols marcados e nenhum sofridos.

O Brasil também fez 9 pontos no Grupo B, um espetáculo. Mas o primeiro jogo foi tenso. Contra o Egito, até começou bem e chegou a abrir 3 a 1. De repente, uma pane defensiva e os egípcios empataram em 3 a 3. E quando tudo parecia caminhar num decepcionante empate, o Brasil consegue achar um pênalti no último minuto, quando o jogador rival coloca a mão na bola. Kaká converte a cobrança e define. Placar de 4 a 3 para assustar qualquer fanático torcedor. Mas foi só um susto.

Depois, vitórias para lá de tranquilas contra Estados Unidos e a forte Itália, ambas por 3 a 0. A Azzurra, campeã mundial de 2006, caía na primeira fase, entregando a segunda vaga da chave para os norte-americanos, que estavam na sarjeta e chegou a arrumar as malas de volta para casa. Volta que não aconteceu, pois venceram suficientemente bem o Egito por 3 a 0. Teriam a temida Espanha pela frente. O Brasil jogaria com a África do Sul.

Já era mais do que certo um duelo entre brasileiros e espanhois.

Mas a zebra tinha que estar em território africano. E para surpresa geral, na primeira das semis, deu Estados Unidos. Com um futebol tático e marcador, o time despachou a Fúria por 2 a 0, com gols de Altidore e Dempsey. Festa para a nação norte-americana, que no dia seguinte daquele jogo sofreria um baque com a morte do cantor Michael Jackson.

No dia em questão, o Brasil sofreu, martelou, mas chegou a vitória de 1 a 0 sobre os anfitriões, graças a um belo gol de falta de Daniel Alves.

Na disputa do 3º lugar, a Espanha venceu, de maneira amargurada, por 3 a 2.

E na final, os Estados Unidos tratou de surpreender novamente, abrindo 2 a 0 no primeiro tempo. Ao que parece, o técnico Dunga deu uma bronca nos jogadores, acordando o time para o segundo tempo. Já no primeiro minuto, Luís Fabiano diminuiu. Rapidamente empatou. E quase no fim, Lúcio virou o jogo. Em comum, os dois jogadores hoje se encontram no São Paulo. E recordam agora, com orgulho, essa vitória de virada que entrou para a história como o, até agora, último título de renome do Brasil no futebol. E que título!

A bola de ouro do campeonato ficou com Kaká. Que infelizmente, como Ronaldinho em 2006, decepcionaria na Copa de 2010.

Findas as lembranças das competições anteriores, é hora de se preparar de vez para a nona edição que começa no sábado.
E nesta sexta, traremos os detalhes das oito seleções participantes. E ainda, as arbitragens que pisarão nas terras brasileiras, preparados (ou não) para sofrerem a pressão das torcidas.

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