4X3
JOGO #06: UMA ODE AO FUTEBOL ITALIANO. E MAIS RESPEITO AOS JAPONESES
As mais de 40 mil pessoas presentes na Arena Pernambuco saíram de lá sem ter do que reclamar. Uma grande parte apoiou o Japão. Perdeu, mas abraçou o time mesmo na dor da derrota. A outra, empurrando a Itália, venceu e comemorou.
E assim foi dada essa aula de grande futebol, dentro e fora do campo.
No melhor jogo dessa Copa das Confederações, a Itália construiu uma bela virada para cima do Japão e venceu por 4 a 3, se classificando ao lado do Brasil para as semifinais. E agora é hora da Azzurra pensar no duelo com nossa seleção para ver quem fica em primeiro lugar, sábado, na Arena Fonte Nova. Aos Samurais, resta a dor da eliminação e o cumprimento de tabela em jogo contra o México, no Mineirão, também no sábado.
O JOGO
A torcida de Recife foi, em maioria, do Japão. A cada toque de bola dos europeus, algumas vaias ecoavam. Incentivável força de vontade que foi recompensada aos nipônicos com um gol aos 20 minutos. Um não, dois.
O primeiro veio em pênalti cometido pelo goleiro Buffon. Honda bateu firme e não perdoou. A Itália se viu totalmente envolvida no toque de bola japonês e fez uma substituição logo aos 30 minutos, com Giovinco entrando no lugar de Aquilani. Mas o 2 a 0 para o Japão veio tão rápido quanto um raio, aos 32 minutos. Kagawa aproveitou vacilo da defesa e ampliou.
E vieram os gritos de "Olé" dos torcedores. Desespero italiano, que acordou a partir daí e, ainda aos 40 minutos, diminuiu o placar com cabeçada do volante De Rossi. Nos acréscimos, Giaccherini acertou uma bola na trave. Lances como esse davam claros presságios que o segundo tempo que estava por vir seria inesquecível.
Assim a Azzurra "pilhou" de vez e começou a etapa pressionando com tudo. E o gol de empate veio já aos 4 minutos. Yoshida bobeou na defesa, permitindo a roubada de bola de Giaccherini, que cruzou na pequena área. Na tentativa de cortar, Uchida mandou contra o patrimônio. Desespero para o lateral, que custou a levantar após o gol contra. Quase que na sequência, a tática japonesa desmoronou de vez. Em saída errada, Balotelli roubou a bola e chutou no braço de Hasebe. Pênalti. Mal marcado pelo juiz argentino Diego Abal, é bem verdade, mas foi marcado. O próprio camisa 9 cobrou e virou o jogo. Delírio da torcida italiana. A virada veio e o jogo já estava ganho..... não pera!
O Japão não se deu por vencido e voltou a jogar melhor, pressionando a área italiana. E o empate voltou a brilhar no placar aos 23 minutos, com cabeçada de Okazaki. 3 a 3. E era a vez dos nipônicos correrem atrás de outra virada, daquelas dignas de filme de ação.
Mas cansaram de perder gols. O mais incrível deles aos 37 minutos, quando Okazaki chutou na trave. No rebote, Kagawa cabeceou no travessão e a bola saiu para fora. Inacreditável. E para piorar, numa das poucas vezes que a Azzurra atacou, teve seu sucesso aos 40 minutos. Giovinco, aquele que entrou ainda no primeiro tempo, completou na pequena área após bom cruzamento de Marchisio. E o 4 a 3 já estava feito.
O Japão continuou pressionando por mais ataques. Nos acréscimos, outro lance incrível. Outra vez Okazaki acertou a bola no travessão. No rebote, Yoshida fez o gol, mas o lance foi corretamente anulado. Imagine se não fosse no travessão....
Só por aí, trinou o apito final. A torcida aplaudiu o espetacular jogo e aclamou os japoneses. Mesmo derrotados e eliminados, os Samurais retribuíram os agradecimentos. Do lado italiano, uma singela mas calorosa comemoração nos vestiários. O técnico Cesare Prandelli cobrou dos jogadores mais empenho do que nunca para o duelo com o Brasil.
E que sustos (que causem espetáculos como esse de hoje) não se repitam assim.
FICHA TÉCNICA
ITÁLIA 4 x 3 JAPÃO
ITÁLIA 4 x 3 JAPÃO
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Data: 19 de junho de 2013, quarta-feira
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Diego Abal (Argentina)
Assistentes: Juan Pablo Belatti e Hernan Maidana (Argentina)
Cartões amarelos: Buffon e De Rossi (Itália); Hasebe (Japão)
Data: 19 de junho de 2013, quarta-feira
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Diego Abal (Argentina)
Assistentes: Juan Pablo Belatti e Hernan Maidana (Argentina)
Cartões amarelos: Buffon e De Rossi (Itália); Hasebe (Japão)
Gols:
ITÁLIA: De Rossi, aos 40 minutos do primeiro tempo; Uchida, contra, aos quatro, e Balotelli, aos sete, e Giovinco aos 40 minutos do segundo tempo
JAPÃO: Honda, aos 21, e Kagawa, aos 32 minutos do primeiro tempo; Okazaki, aos 23 minutos do segundo tempo
ITÁLIA: De Rossi, aos 40 minutos do primeiro tempo; Uchida, contra, aos quatro, e Balotelli, aos sete, e Giovinco aos 40 minutos do segundo tempo
JAPÃO: Honda, aos 21, e Kagawa, aos 32 minutos do primeiro tempo; Okazaki, aos 23 minutos do segundo tempo
ITÁLIA: Buffon; Maggio (Abate), Chiellini, Barzagli e De Sciglio; Pirlo, De Rossi, Montolivo, Giaccherini (Marchisio) e Aquilani (Giovinco); Balotelli
Técnico: Cesare Prandelli
Técnico: Cesare Prandelli
JAPÃO: Kawashima; Uchida (Sakai), Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe (Nakamura), Endo, Kagawa e Honda; Okazaki e Maeda (Havenaar)
Técnico: Alberto Zaccheroni
Técnico: Alberto Zaccheroni
A Copa das Confederações segue amanhã com a segunda rodada do Grupo B, com destaque para as expectativas do "gritante" duelo entre Espanha e Taiti, em um Maracanã que receberá a torcida apoiadora da seleção oceânica. Depois, tem a estreia da Arena Fonte Nova, Salvador, com o duelo entre Nigéria e Uruguai.
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