Virou notícia esta semana que redações do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) abusaram da irreverência e, mesmo assim, conseguiram suas notas.
Na terça-feira, veio à tona uma redação que incluiu uma receita de como preparar macarrão instantâneo. O estudante de engenharia Carlos Guilherme Ferreira, de 19 anos, morador de Campo Belo (MG), foi o responsável pela "façanha" e fez a inusitada redação, cujo tema, na verdade, era sobre o "movimento imigratório no Brasil". Como era uma redação dissertativa-argumentativa, ele explorou normalmente o tema, com paragrafação gramatical e outros conceitos da língua portuguesa.
Acabou que no terceiro parágrafo ele incluiu esta receita de miojo. Esqueceu de mencionar o tempero, mas tirou a nota 560. "Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml´s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhas por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva." Assim estava escrito, sem acentuação adequada.
E ainda, no mesmo dia, surgiu uma outra redação irreverente, que incluiu, no meio da argumentação sobre a imigração, o hino do Palmeiras.
"As capitais, praias e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes, porque quando surge o alviverde imponente, no gramado em que a luta o aguarda...." Assim iniciava a inusitada redação do estudante de medicina Fernando César Maioto Júnior, de 21 anos, cuja cidade onde mora não foi divulgada. Ele tirou 500.
Em nota, o Ministério da Educação afirmou que, nesses casos, a "irreverência" retratada tiraria pontos, mas não renderia nota zero aos candidatos, embora uma das competências reitere que "a fuga total ao tema" garanta nota baixa na prova de redação.
O ENEM 2012 foi realizado entre os dias 3 e 4 de novembro, em todo o Brasil. Mais de 4,1 milhões de estudantes prestaram o exame.
A credibilidade desse ENEM vai definitivamente pro saco. Onde já se viu um estudante colocar receita de macarrão numa redação. É o cúmulo do absurdo da educação brasileira. Por isso que a educação é um dos entraves para o país crescer, ou seja, jamais seremos uma Coreia do Sul nesse setor.
ResponderExcluirAcho que até a Bolívia está melhor que nosso país em educação! Se a fiscalização das redações serão mais pesadas, depois disso, não sei, mas pode ser algum avanço. No mais, a credibilidade do ENEM segue nota 0.
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