Presidência temporária

Nicolás Maduro assumiu hoje, interinamente, a presidência da Venezuela.

A posse aconteceu sob gritos de apoio pelos partidários de Hugo Chávez, morto na última terça.

"Juro em nome da lealdade mais absoluta ao comandante Hugo Chávez que cumpriremos e faremos cumprir essa Constituição bolivariana com a mão dura de um povo disposto a ser livre", disse Maduro com a mão levantada diante da Constituição antes de receber a faixa presidencial das mãos do chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. Maduro prometeu "lealdade absoluta" ao falecido presidente.

A oposição não compareceu à cerimônia. Mais cedo, o grupo havia informado que seus deputados não iriam assistir à posse.

O líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, que perdeu contra Chávez as eleições de outubro do ano passado, classificou a posse de Maduro como ilegítima. "Este juramento que se fará agora é espúrio", disse Capriles, assinalando que Maduro "não foi eleito presidente por ninguém" e que a oposição não está disposta a "tolerar abusos de poder."



Com o impasse das eleições venezuelanas acontecendo ou não dentro de 30 dias, a população continua prestando as últimas homenagens à Hugo Chávez. Na foto, pai e mãe do líder bolivariano, que tinha 58 anos, reagem diante do caixão do filho.

O corpo de Chávez continuará exposto até quinta-feira. Pelo menos delegações de 54 países e mais de 30 líderes de todo o mundo participaram das cerimônias fúnebres desde anteontem.