Foi enterrado neste sábado o corpo do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada no cemitério Parque de las Memorias, em Cochabamba, cidade onde nasceu e que fica a 210 quilômetros de Oruro, onde o garoto de 14 anos morreu ao ser atingido por um sinalizados marítimo disparado pela torcida do Corinthians, durante jogo contra o San José, na última quarta-feira, pela Taça Libertadores. Era a primeira vez que Kevin ia ao estádio de seu time de coração no país.
Parentes fizeram um velório na casa do avô de Kevin. Logo após, um cortejo foi formado até o cemitério, reunindo centenas de pessoas. Dirigentes do San José se pronunciaram sobre a tragédia e decretaram o dia 20 de fevereiro como "dia do torcedor santo", em homenagem ao falecido.
Enquanto o incidente causou enorme comoção na Bolívia, o presidente Evo Morales anunciou que dará apoio total à família, e o governo prometeu punir os culpados.
À 200 metros de distância do estádio Jesús Bermúdez, em Oruro, estão presos 12 torcedores corintianos, sendo que dois já estão indiciados por, supostamente, atirarem o sinalizador para o alto. Os outros 10, segundo a polícia boliviana, "agiram como cúmplices". Com a prisão preventiva, estes torcedores estão impedidos de deixar a Bolívia, mesmo que consigam a liberdade provisória, pois terão de aguardar o julgamento sobre o caso, que poderá levar até 6 meses.
Amanhã, o time do Corinthians jogará, contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista, com faixa preta sobre a manga da camisa, em sinal de luto. O mesmo acontecerá no jogo contra o Millonários, da Colômbia, pela Libertadores, com portões fechados.
Ainda a respeito sobre a Libertadores, o clube não descarta a hipótese de deixar o torneio.
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