1 de fevereiro de 2013

Ele voltou

Renan Calheiros (PMDB-AL) nos corredores do Senado pouco antes da eleição que definiu seu nome como novo presidente da Casa (Foto: Ed Ferreira / Estadão Conteúdo)

Uma coisa está garantida para a política em 2013. Renan Calheiros está de volta.

O Senado elegeu hoje, com 56 votos, o senador alagoano Renan Calheiros (PMDB) como novo presidente da Casa. Com isso, ele acumulará com o cargo a presidência do Congresso Nacional e presidirá as sessões conjuntas de deputados e senadores.

Indicado pelo PMDB, maior bancada do Senado, e alvo de denúncia da Procuradoria Geral da República, Renan assume pela terceira vez o comando do Legislativo - foi eleito pela primeira vez em fevereiro de 2005 e reconduzido em fevereiro de 2007. Ano em que Renan dominou as manchetes da política, por conta de uma série de denúncias envolvendo seu nome.

Na época, chegou a ser absolvido das acusações em setembro daquele ano, com um placar apertado de 45 a 40 votos. Para não sofrer novas pressões, no entanto, renunciou ao cargo no mês seguinte.

Em razão dos mesmos fatos de 2007, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Se o Supremo aceitar a denúncia, Renan Calheiros será réu e responderá a processo criminal.

A denúncia enfraqueceu a candidatura do peemedebista, que perdeu apoio do PSDB e até do PSB, partido aliado do governo federal.  Mesmo assim, continuou como favorito ao cargo, já que contou com votos do PT, da maioria dos partidos da base aliada e dos peemedebistas, com exceção dos "independentes", que não costumam seguir orientação partidária.

O peemedebista disputou o posto com Pedro Taques (PDT-MT), que teve apoio de partidos da oposição e de senadores "independentes", Taques teve 18 votos. Dois senadores votaram em branco e dois senadores votaram nulo.

Investigado pelo STF pelo suposto uso de notas frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão da filha com a jornalista Mônica Veloso, Renan assume a presidência, que no momento é de José Sarney (PMDB-AP), no cargo desde 2009. Sarney encerrará, com esse mandato, a sua vida política legislativa.

FONTE: G1

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