12 de fevereiro de 2013

Rumo a conquista da América (especial)


Nesta terça-feira de Carnaval, começa de vez mais uma edição da Taça Libertadores da América.

A competição continental, pela primeira vez, tem o patrocínio da montadora de pneus Bridgestone (desde 2005 era patrocinada pelo banco Santander). A empresa também patrocina a Copa Sul-Americana desde 2012.

Para 2013, a promessa é de muitos jogos emocionantes, pois o futebol brasileiro, argentino e uruguaio, além dos outros sul-americanos, está bem representado. O maior deles, o Corinthians, é o centro das atenções, após conquistar a competição do ano passado, de inédita forma invicta, e o título mundial. O Fluminense é outro que vem forte. São Paulo, Atlético Mineiro, Grêmio e Palmeiras (mesmo esse na segunda divisão) também prometem boas campanhas. Será a primeira Libertadores em que dois grupos terá dois times brasileiros.

Já os principais adversários internacionais se remetem a Boca Juniors e Vélez Sarsfield, da Argentina. Principalmente o Boca, atual vice-campeão, que conta com o retorno do meia Riquelme e, acima de tudo, do técnico Carlos Bianchi, que conquistou tudo o que era possível no início da última década. Peñarol e Nacional, do Uruguai, sempre oferecem riscos. Cerro Porteño, que passou em branco em seu centenário no Paraguai, ano passado, volta em 2013 prometendo dar o mesmo trabalho que em 2011, quando foi semifinalista. A Universidad do Chile é outra que traz um forte elenco.

E um monte de outros times menores querendo estragar a festa dos grandes.

Acompanhe agora a análise dos oito grupos da competição. Lembrando que Nacional do Uruguai e Barcelona de Guayaquil abrem a competição, às 20h15, pelo fortíssimo Grupo 1.


GRUPO 1

Certamente o grupo mais complicado da competição, traz dois dos grandes clubes nacionais. Tanto Boca Juniors como Nacional já foram tricampeões mundiais. Apagados nos últimos anos, voltaram com força até recentemente. Com um excelente elenco e, agora, com o retorno de Riquelme, o Boca é favorito a liderar a chave, encabeçada pelo Barcelona de Guayaquil, finalista na edição de 1998, vencida pelo Vasco. O Toluca é a principal mexicana.

GRUPO 2

Um grupo interessante que traz times reestruturados e com problemas financeiros, sendo o Palmeiras o caso mais emblemático. É o segundo clube da história a disputar a competição e, na mesma temporada, amargar a segunda divisão nacional. Antes, o Jorge Wilstermann, da Bolívia, amargou essa façanha em 2011. O Verdão se reforçou timidamente, e perdeu Marcos Assunção e Barcos, seus principais nomes em 2012. O cabeça de chave, o peruano Sporting Cristal, também atravessa má fase, mas está credenciado pelo título local. O Tigre da Argentina, que protagonizou confusão inexplicável na final da Sul-Americana do ano passado, contra o campeão São Paulo, volta a enfrentar um time paulista. Apenas os paraguaios do Libertad não enfrentam algum tipo de problema. Pelo contrário, se reforçaram bem, com destaque para o volante argentino Guiñazu, ex-Internacional.

GRUPO 3

Atlético Mineiro e São Paulo são as grandes forças da chave, e se enfrentam já nesta quarta-feira, no primeiro grande jogo nacional do ano. O Galo volta a competição continental após 13 anos de ausência, contando com estrelas como Ronaldinho, Gilberto Silva, Bernard, Jô e Diego Tardelli, recém contratado. O Tricolor paulista também conta com campeões de seleção, Lúcio e Luís Fabiano. Será um confronto de marcar época. Esse e contra os outros dois times da chave: os argentinos do Arsenal e os bolivianos do The Strongest, que não inspiram muitos cuidados.

GRUPO 4

Outra chave de difícil previsão, une Vélez Sarsfield e Peñarol, dois dos times mais tradicionais de Argentina e Uruguai, que fizeram uma empolgante semifinal em 2011. O Peñarol quer repetir a campanha daquele ano, quando perdeu a final diante do Santos (que é a ausência mais sentida em 2013). Os argentinos contam com a mesma força do ano. O Emelec, do Equador, quer surpreender como em 2012, quando desbancou Flamengo e Olímpia (Paraguai). O estreante Deportes Iquique, do Chile, é o azarão.

GRUPO 5

Olhos atentos para o super time do Corinthians. O atual campeão deu sorte no sorteio e caiu num grupo aparentemente fácil. Difícil mesmo serão as longas viagens que terá de fazer, para Bolívia, México e Colômbia. Só para jogar contra o novato Tijuana, serão gastos 10 mil quilômetros de viagem até a América do Norte. O Millonários da Colômbia é o que pode dar mais trabalho, pois foi muito bem na Sul-Americana do ano passado. O fraco San José, da Bolívia, terá sua altitude como aliada.

GRUPO 6

Um dos grupos mais fracos da competição, tem como favoritos o Cerro Porteño e o Independiente de Santa Fé, da Colômbia. Esse último terá a companhia de um rival, o Deportes Tolima, que eliminou o Timão em 2011 na Pré-Libertadores, o que gera até hoje muita gozação de times rivais. O peruano e estreante Real Garcilaso quer surpreender.

GRUPO 7

Tem o cabeça de chave mais frágil, o Deportivo Lara, da Venezuela. Sorte da Universidad de Chile, que pode passar tranquilamente na chave, que conta ainda com os tradicionais Newels Old Boys (ARG) e Olímpia, que já tiveram seu auge há muito tempo. Os paraguaios vieram da Pré-Libertadores, e querem pelo menos evitar o vexame de jogar uma classificação praticamente certa "no lixo", como aconteceu em 2012.

GRUPO 8

O segundo grupo de dois brasileiros, conta com os bem entrosados times de Fluminense e Grêmio. O atual campeão brasileiro é liderado pelo matador Fred, e tem em Diego Cavalieri seu guardião. Outros nomes de peso fortalecem o elenco, para um dos mais fortes candidatos ao título. O Tricolor gaúcho acabou de se reforçar com o argentino Barcos, e também com o lateral André Santos. Já contando com os veteranos Dida e Cris, promete atrapalhar o rival brasileiro, contando ainda com sua nova e moderna arena. Os outros rivais, Huachipato (Chile) e Caracas (Venezuela) não assustam.

A fase de grupos da Libertadores vai até abril, tendo sua disputa normal até as quartas-de-final, em meados de maio. Feita a parada para a Copa das Confederações, a competição retorna em julho com as semifinais. A grande final está marcada para 24 de julho.

Esse ano, na televisão, destaca-se a volta da Sportv na transmissão do campeonato, junto com a Fox Sports, que transmitiu sozinha no ano passado. As emissoras firmaram uma parceria que permite a divisão de competições, uma com a outra.
Na TV aberta, a Globo segue com os direitos televisivos.

Brasileiros, preparem-se para secar seus rivais, e também os estrangeiros. Essa Libertadores promete!!!

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