6 de janeiro de 2013

Volta à vista

 O senador Renan Calheiros, favorito a assumir a presidência do Senado
Ele pede cargo para os outros e ganha crédito; indica colegas para relatorias e comissões no Congresso e ganha crédito; dá cargos à oposição e ganha crédito. Renan Calheiros (PMDB-AL) não coleciona inimigos, acumula devedores. Seu apelido oculto: "O Despachante do Senado".

Não por acaso, é o favorito para assumir, pela terceira vez, o comando da Casa no mês que vem.

Se não houver surpresas, voltará ao posto ao qual renunciou em 4 de dezembro de 2007 para salvar a pele.

Após ser acusado de ter despesas pessoais pagas por lobista de uma construtora, foram na época quase sete meses de suspeitas, cinco representações no Conselho de Ética, duas delas derrubadas em plenário por meio do voto secreto. Poucos resistiram a tamanho bombardeio.


Ele mesmo conta um feito sobre aquele ano: 200 dias de matérias negativas na mídia.

Fora do comando do Senado, mas com o mandato intacto e renovado após votação recorde nas eleições de 2010 (o pleito tinha outro ilustre candidato: Fernando Collor, que ficou em terceiro lugar), mergulhou naquilo que melhor opera, os bastidores.

Nesses cinco anos, ficou praticamente submerso, sem jamais perder influência. Concedeu favores, negociou cargos para terceiros no governo e alçou colegas de diversas matizes partidárias a postos relevantes na Casa.

Fonte: Folha de S.Paulo

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